Seja bem vindo ao sexto artigo da série “Estratégias para Observação do Comportamento e Intervenção”. No artigo de hoje será abordado o estudo do comportamento operante a partir da proposta do modelo de seleção por consequências.

Quando discutimos no terceiro artigo dessa série as contribuições da Teoria da Evolução de Darwin que fundamentaram a proposta de Skinner, chamei a atenção para um primeiro ponto, a herança genética que regula o comportamento respondente, discutido no quarto artigo.

No artigo anterior foi abordado que as consequências da resposta do indivíduo no ambiente influenciam muito em mudanças comportamentais aprendidas e voluntárias, o comportamento operante.

Para entender como as consequências influenciam o comportamento operante, vamos retomar o segundo ponto referente as contribuições de Darwin, a proposta de Skinner do modelo de seleção por consequências, que explica as causas que mantém a ocorrência de um comportamento em analogia ao modelo da seleção natural.

Segundo o raciocínio da seleção natural, os organismos que possuíam características mais adaptadas ao ambiente em que viviam, tinham maior probabilidade de sobreviver e deixar descendentes.

Antes de continuarmos, pare por um instante e reflita sobre a imagem de capa desse artigo.

Te pareceu estranho uma chave inglesa sobre o prego e o martelo sobre o parafuso?

Diante da situação antecedente “fincar o prego e o parafuso em uma madeira”, qual das respostas a essa situação geraria melhores consequências?

Aposto que você diria que diante do prego, responder com o martelo seria mais fácil do que com a chave inglesa.

Ao mesmo tempo que diante do parafuso, responder com a chave inglesa seria mais fácil do que com o martelo.

Ser mais fácil é uma consequência positiva do ambiente para a resposta que for selecionada.

Assim como se selecionar a resposta como está na imagem, você por ter consequências negativas como dar mais trabalho, entortar o prego, estragar o local da madeira onde seria fincado o parafuso e até se machucar.

Faz sentido para você que a resposta que você selecionar será a mais adaptada ao contexto em que você está inserido?

Nesse raciocínio, assim como na seleção natural, respostas que nos deixam melhor adaptados ao ambiente possuem maior probabilidade de se manterem em nosso repertório comportamental (sobreviverem) e criarem bases para emissão de respostas ainda mais adaptadas no futuro (deixarem descendentes).

Se essa analogia começou a fazer sentido para você, o objetivo do artigo de hoje estará alcançado e poderemos avançar mais no estudo do comportamento operante nas próximas publicações.

Se você ainda não tem certeza, ou a resposta for negativa, entre em contato!

Estarei contente em escutar a sua dúvida ou ponto de vista. Até a próxima.

Graduado em Esporte, Especialista em Treinamento Esportivo e Mestre em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina. Possui experiência profissional na área de treinamento esportivo, com ênfase em futebol, atuando principalmente nas áreas voltadas à preparação técnico-tática, análise de desempenho e psicologia do esporte.

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