Seja bem vindo ao oitavo artigo da série “Estratégias para Observação do Comportamento e Intervenção”. No artigo de hoje será abordado o Estudo do Comportamento, investigando as suas causas.
Desde o primeiro artigo da série viemos estudando o comportamento por meio dos princípios básicos da Análise do Comportamento com objetivo de oferecer mais subsídios para observar o desempenho esportivo e propor intervenções eficazes.
Se esse é o primeiro artigo que você está lendo, recomendo a leitura dos anteriores, nos quais apresentamos e explicamos cada um dos termos que vamos abordar no artigo de hoje.
Se você vem acompanhando a sequência de artigos, já deve fazer sentido que, para atingirmos o objetivo proposto na série, é preciso investigar as causas que explicam determinado comportamento de um indivíduo olhando para sua interação com o ambiente em que vive.
A primeira pergunta que pode-se fazer sobre um comportamento quando está investigando as suas causas é:
O comportamento observado é respondente ou operante?
Para começo de resposta, todo comportamento advém das capacidades e limitações que nosso organismo possui, então parte-se do pressuposto que todo comportamento envolve respostas conforme a fisiologia da nossa espécie e características que podem alterar o padrão herdado geneticamente, como por exemplo doenças, acidentes ou má formações.
Em outras palavras, doenças, mudanças genéticas ou acidentes podem alterar o organismo do indivíduo momentaneamente ou definitivamente. Essas alterações podem alterar tanto o comportamento respondente como o operante.
Então, dando sequência a resposta da pergunta acima, é importante levar em consideração as condições do indivíduo observado.
Se, em condições normais, o comportamento observado for uma resposta inata e involuntária, então se trata de um comportamento respondente. Nesse caso, na presença de determinado estímulo, o organismo sempre vai emitir a resposta.
Se não se tratar de uma resposta fisiológica comum à espécie em condições normais, então se trata de um comportamento operante. Nesse caso, na presença de determinado estímulo, a resposta que o organismo vai emitir será selecionada conforme sua própria história de consequências em experiência com o estímulo e conforme os padrões culturais de consequências que podem influenciar sua experiência com o estímulo.
Talvez agora faça mais sentido para você a contribuição da proposta de Skinner dos níveis de seleção por consequências (discutido no artigo anterior) para investigar as causas do comportamento.
Se sim, te convido a acompanhar a sequência de artigos, às terças, quintas e domingos, que continuaremos o estudo do comportamento investigando as suas causas que mantém ocorrendo.
Se você ainda não tem certeza, entre em contato!
Estarei contente em escutar a sua dúvida ou ponto de vista. Até a próxima.